sexta-feira, 30 de julho de 2010

Onde mora o perigo?

Bella era uma adolescente, de mais de 15 anos, que já havia se apaixonado pelo menos 8 vezes. Era frágil, boba, linda -- embora ela não acreditasse que pudesse ser --. Era sonhadora, lúcida, simples. Não importava se ela teria que percorrer o mundo pra ajudar alguém, ela ajudaria. Você sabe do que eu estou falando, você a conheceu. E nem precisou de muito tempo pra isso, Bella era transparente, confiava fácil demais nas pessoas. Provavelmente com você não foi diferente. E aquele sorriso? Você lembra o quanto ela sorri bonito e várias vezes ao longo de uma conversa, mesmo séria? Sim, ela era uma preciosidade. Raridade, a palavra mais certa.

Melissa, também adolescente e quase da mesma idade. Nunca se apaixonou. Decidiu que seu coração nunca iria se 'abobalhar', como ela costumava dizer. Melissa era forte, calada, complicada. Poucas coisas a entusiasmava de verdade. Poucas coisas a fazia feliz, mas ela não triste, decerto. Se achava linda, capaz. Era autossuficiente e determinada. Chorava pouco e quando o fazia, não permitia que ninguém visse.

Melissa é o tipo de garota que o mundo cria.
Bella não. Bella é do tipo que nasce do amor, do carinho, da ternura.
Melissa enfrenta o mundo. Bella enfrenta a tristeza de dentes à mostra.
Melissa foge do amor, do encanto, do abraço e do carinho.
Bella o trasmite todos os dias, e irradia sol pra a vida das pessoas.

Acho que o que elas têm em comum, além do corpo em que moram, é a verdade que trazem no olhar. É a falta que algumas pessoas fazem à elas. É o jeito de olhar o céu. É o modo que um sorriso retribuido de uma criança na rua pode mudar significativamente o dia delas... É o gosto pelas palavras. É as fases e frases em que elas se dividem.

Onde mora o perigo?

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