quarta-feira, 28 de julho de 2010

Sobre a distância.

Nunca acreditei que houvesse remédio para certos tipos de dores. Dor de amor, por exemplo.
Muitos acreditam que só um novo amor pode romper as barreiras da obscuridade e te tirar do negror que você se encontra por causa de um velho amor – perdido, ou não curado, ou nunca tido... Sabem-se lá quantos tipos de dores de amor existem, -- acreditam que seus olhos precisam de outro foco pra brilhar de novo e fazer seu coração de gelo – que você havia jurado nunca mais aquecer – derreter.
Outros acreditam no tempo. Elas acham que o tempo é capaz de curar tudo; tirar o seu foco do centro de atenções e, assim como a Terra, fazer você girar, lentamente, em direção à outro ponto do universo.
Particularmente, eu me encaixava no grupo dos que esperam e deixava que o tempo se encarregasse de ser um cão-guia, mas agora passei a acreditar na distância. É, a distância. Essa, que te faz sentir saudades, que te traz lembranças, que te arranca lágrimas é a mesma que te deixa mais forte e preenche seus olhos de outras coisas que você não é acostumado a ver, ou que não te mostra nada. Simplesmente nada. E te faz seguir em frente, tateando o futuro, com olhos cheios de expectativa e esperança.
Também acredito em parte da sabedoria antiga e deixo uma citação que comprova o meu descobrimento não-particular e recente:
“O que os olhos não vêm o coração não sente”

 
Se quiser, reflita ;)

Nenhum comentário:

Postar um comentário