quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

is always so...

Você acha que está tudo bem. Uma situação-limite – nada de bom está acontecendo, mas nada de ruim, também – vem a vida e dá uma guinada. 360 graus. Não é nada que estivesse totalmente nulo de acontecer, em sua mente. Mas havia – havia – a possibilidade daquilo não ser verdade. Mas é. Agora, tudo o que você não precisava está na sua frente e você não pode fugir. Simplesmente não pode. Hoje, tudo o que eu falei sobre eu ser forte, está virando hipocrisia. E, se eu te disser que eu sou forte, nesse momento de minha vida, eu estarei mentindo. Eu sinto como se tudo tivesse vindo à tona. Tudo o que estava escondido e amontoado no armário caiu, porque a porta foi aberta. E agora não há pra onde correr. Simplesmente não se vê uma salvação para os seus planos. Hoje, primeira semana do ano de 2010 e eu aqui – escrevendo sobre coisas ‘ruins’. Eu sinto tanta falta da garota de olhos encantados, coração na boca e uma doçura – quando ela queria – incomparável. Eu sinto falta da menina sonhadora que devia estar aqui hoje falando sobre um mundo que melhorasse com pó de pirlim-pim-pim; a garota que levava sempre consigo um trecho da Clarisse que dizia que “Ela acreditava em anjos. E porque acreditava, eles existiam”. Talvez os anjos não existam mais...
Ou talvez, o encanto só esteja escondidinho, bem lá no fundo da alma. Barrado pelas guinadas que a vida inventa de dar sempre que ela acha que pode ver seu mundo brilhante reluzir de novo. Talvez essa menina boba e sorridente ainda exista. Eu peço aos anjos dela todos os dias que ela exista. É. Talvez ela, seus anjos, e o pozinho existam mesmo. E só estejam esperando uma oportunidade pra fazer os olhinhos encantados da autora do desabafo brilharem de novo.