quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Sobre a nova mobília.

Ei, não entre. Aqui ainda está escuro e você pode escorregar no tapete atrás da porta entreaberta. Estou na poltrona à meia luz do abajur. Encomendei a sua combinando com a mobília nova, que já está pra chegar. Vai ficar ao lado da minha, quando tudo estiver pronto. Talvez demore um pouco, não sei. Essas burocracias têm vida própria, parece.
Faz falta o som do violão e dos seus passos. O vento apaga as ultimas chamas da lareira, mas não vou fechar a porta, gosto de te olhar enquanto se diverte e quase sempre o faço para me certificar que está bem. Olha lá, te chamam. Continue sorrindo que eu cuido da reforma. Se precisar, toque a campainha, mas cuidado com a tinta, que ainda pode estar fresca.
Em algum tempo as luzes estarão acesas, novamente e sua velha manta vai estar lhe aguardando.
Se achar que a mudança demorou demais e quiser procurar outros lugares para descansar, eu requento o café que te fiz quando você chegar.

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